Brasil é ouro por equipes nos Saltos Ornamentais em Abu Dhabi

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Publicado Segunda, 20 de Dezembro de 2021 às 09:48, por: CdB

 

A conquista foi confirmada na manhã desta segunda-feira. A equipe brasileira foi formada por Luana Lira, Ingrid Oliveira e pelo finalista olímpico e campeão mundial Jr, Kawan Pereira. A prova foi composta por duas etapas: saltos do trampolim e saltos de plataforma.

Por Redação, com ABr - de Brasília

O Brasil ficou com o ouro na prova por equipes de Saltos Ornamentais durante o Festival Aquático da Fina, que aconteceu em Abu Dhabi.
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Luana Lira, Ingrid Oliveira e Kawan Pereira subiram ao pódio
A conquista foi confirmada na manhã desta segunda-feira. A equipe brasileira foi formada por Luana Lira, Ingrid Oliveira e pelo finalista olímpico e campeão mundial Jr, Kawan Pereira. A prova foi composta por duas etapas: saltos do trampolim e saltos de plataforma, com um salto masculino, um salto feminino e um salto sincronizado em cada uma delas. O trio brasileiro somou a melhor pontuação: 416,35. A prata foi conquistada pelo trio da Grã-Bretanha (385,45) e o bronze foi para a China (384,20).

Atleta vive expectativa de estreia paralímpica fora do país

A rotina de Jéssica Michalack mudará sensivelmente a partir do ano que vem. Após quatro anos competindo somente em nível regional e nacional, a catarinense de 27 anos disputará, enfim, os primeiros internacionais da carreira no tiro esportivo paralímpico, representando o Brasil. A estreia será o Grand Prix de Hannover (Alemanha), entre 29 de abril e 9 de maio. Jéssica se credenciou à seleção ao bater o índice estabelecido do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) no Campeonato Brasileiro da modalidade, disputado no início do mês no Rio de Janeiro. A atiradora de Timbó (SC) anotou 631,6 pontos na final R4 (tiro deitado) da carabina de ar dez metros na classe SH2 (atletas que necessitam de suporte para a arma). O mínimo exigido pelo IPC era 630 pontos. O resultado ainda rendeu a ela o título nacional, superando Alexandre Galgani, representante do Brasil na última Paralimpíada e que foi o décimo colocado da prova nos Jogos de Tóquio (Japão). – Ainda não caiu a ficha (risos). Foram muitos parabéns recebidos. Quando iniciei no tiro, foi com foco no treinamento semanal, de segunda a sexta-feira, junto com meu noivo Roberto (Ittner), que é meu estafe e está sempre ao meu lado. Eu sabia que poderia chegar à pontuação devido aos treinos, mas não esperava que fosse de imediato. Poderia ser agora ou no próximo Brasileiro – disse Jéssica à Agência Brasil. A catarinense nasceu com má-formação nos dedos das mãos e dos pés. Para segurar a carabina e atirar, ela tem apoio de uma mesa e uma mola, além do estafe, que a auxilia a municiar a arma. O noivo foi a influência para Jéssica aderir ao tiro esportivo, mas quem abriu os olhos ao movimento paralímpico foi um veterano da modalidade: Carlos Garletti, de 47 anos e com participações nos Jogos de Pequim (China), Londres (Reino Unido) e Rio de Janeiro. – Eu praticava o tiro seta (onde o projétil é semelhante a um dardo, típico da região). O Roberto era mais fissurado no tiro esportivo. Eu só o acompanhava. Em 2017, teve um campeonato aqui (em Timbó) no clube Frederico Donner e viemos dar uma olhada. O Carlos Garletti estava lá e me incentivou a entrar no paralímpico, que eu nem fazia ideia que existia. Digo que ele foi um dos meus padrinhos (risos) – recordou a atiradora. Jéssica não demorou a se envolver com o esporte e levá-lo a sério. Tanto que deixou o escritório de contabilidade onde trabalhava para se dedicar 100% ao tiro. Além dos treinos no mesmo clube onde conheceu a modalidade, ela tem feito boxe e meditação como reforço físico e mental e acompanha a evolução dos atiradores do exterior por lives e redes sociais. – Em janeiro, estamos com ideia de ir no CMTE (sigla para Centro Militar de Tiro Esportivo, no Rio de Janeiro), onde o alvo é eletrônico, mais próximo do que tem lá fora. Queremos fazer isso com mais frequência. Aqui (em Timbó), treinamos com o alvo de papel, que é totalmente diferente. A princípio, também queremos disputar algumas copas, mas ainda não temos datas, para chegar bem na Alemanha – explicou Roberto à Agência Brasil. – Também queremos aperfeiçoar o material e os equipamentos. O que temos já está no limite. Para competir fora, sabemos que será preciso desse investimento – completou Jéssica. A captação de patrocínio é sempre um desafio à parte. Uma empresa local já os auxilia desde a construção da mesa e a compra da mola que Jéssica utiliza para atirar. O casal também recorre a lojas da região para manutenção da carabina e compra de munição. Cenário que pode mudar (para melhor) agora que a catarinense é atiradora da seleção. – Sempre competi no Brasil, mas meu foco é atirar na Paralimpíada. A primeira meta eram as competições internacionais. Chegou a hora. É bastante expectativa, a cada dia acreditando que todo o treinamento tem valido a pena – concluiu Jéssica.
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