Bombardeio atribuído a Israel mata militares iranianos na Síria

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Publicado Sábado, 20 de Janeiro de 2024 às 10:48, por: CdB

Continuando longa semana de ofensivas e retaliações no Oriente Médio, míssil destrói edifício em Damasco, vitimando membros da Guarda Revolucionária do Irã. Sírios e iranianos acusam Israel de "ato de agressão".


Por Redação, com DW - de Damasco/ Jerusalém


Ao menos quatro membros da Guarda Revolucionária Islâmica iraniana foram mortos neste sábado em bombardeio contra um edifício residencial de Damasco, pelo qual tanto o Irã como a Síria acusaram Israel.




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No edifício de Damasco destruído por míssil realizava-se reunião de "líderes alinhados com o Irã"

"Mais uma vez o brutal e criminoso regime sionista cometeu um ato de agressão contra Damasco, capital da Síria, e durante o ataque aéreo dos combatentes do regime agressor e usurpador morreram vários soldados sírios e quatro conselheiros militares da República Islâmica do Irã", afirmou a Guarda Revolucionária em comunicado.


Á agência síria de notícias Sana noticiou brevemente sobre "um ataque a um edifício residencial no bairro de Mezzeh, em Damasco, como resultado da agressão israelense". Segundo a Student News Network, do Irã, meio de comunicação considerado próximo do ramo Basij da guarda, os homens seriam membros da expedicionária Força Quds da organização militar.


Por sua vez, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que no prédio residencial de quatro andares, que acabou completamente destruído, se realizava um encontro de "líderes alinhados com o Irã". O suposto míssil israelense teria provocado cinco mortes, segundo avaliação preliminar.



Longa cadeia de retaliações no Oriente Médio


Na manhã de terça-feira a Guarda Revolucionária lançara mísseis contra supostos alvos israelenses no Curdistão iraquiano, matando dois indivíduos. Em comunicado, a organização afirmou que o alvo era o "centro de desenvolvimento de operações de espionagem e de planejamento de ações terroristas na região, e especialmente no nosso país", pertencente aos serviços de espionagem da "entidade sionista”, como no Irã se costuma referir-se ao Estado de Israel.


Durante a semana, Teerã também bombardeou alvos na Síria e no Paquistão. O país justificou estes bombardeios como uma resposta ao atentado de janeiro contra Kerman, que deixou 94 mortos; a um ataque contra uma delegacia de polícia que vitimou 11 policiais; e à morte de comandantes iranianos e do chamado Eixo de Resistência nas últimas semanas, na Síria e no Iraque.


O Irã é um apoiador fundamental de Damasco, seu principal aliado no Oriente Médio, na guerra da Síria, para onde tem enviado soldados e conselheiros militares, bem como fornecido apoio econômico e político.


A atual onda de bombardeios ocorre em momento de grande tensão no Oriente Médio, em meio a repetidos ataques de milícias pró-Irã a posições dos Estados Unidos no Iraque e na Síria; além dos ataques de rebeldes houthis do Iêmen a navios no Mar Vermelho.


Na Faixa de Gaza, a campanha israelense, uma das mais mortíferas da história recente, já custou cerca de 25 mil vidas, segundo autoridades sanitárias palestinas, e causou destruição generalizada, provocando a saída forçada de mais de 80% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza.




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