Bolsonaro joga ex-aliado às feras e tenta escapar da acusação de golpista

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Publicado Sábado, 10 de Fevereiro de 2024 às 14:43, por: CdB

Um vídeo interceptado pela Polícia Federal (PF), em um computador apreendido na residência do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, revelou declarações golpistas do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, durante uma reunião ministerial realizada em julho de 2022.


Por Redação - de Brasília

Uma vez revelado que o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), queria colocar um espião em cada comitê de campanha dos adversários, na última campanha presidencial, com arroubos golpistas de uma “virada de mesa” antes das eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu jogá-los às feras, em entrevista ao canal Record, na noite passada.

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Jair Bolsonaro conversa com o general da reserva Augusto Heleno, quando era titular do GSI


— É o trabalho da inteligência dele, eu não tinha participação alguma. Raramente eu usava as inteligências das Forças Armadas, a própria Abin, a Polícia Federal — disse Bolsonaro, tentando desvencilhar sua imagem da tentativa de golpe organizada por Heleno.

Um vídeo interceptado pela Polícia Federal (PF), em um computador apreendido na residência do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, revelou declarações golpistas do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, durante uma reunião ministerial realizada em julho de 2022.

 

Imperativo

Durante o encontro, que contou com a presença de Bolsonaro, Heleno afirmou que, se necessário, era imperativo "virar a mesa" antes das eleições. "Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições", declarou Augusto Heleno na ocasião.

Além disso, Heleno destacou a necessidade de agir contra "determinadas instituições e contra determinadas pessoas". "Eu acho que as coisas têm que ser feitas antes das eleições. E vai chegar a um ponto que nós não vamos poder mais falar. Nós vamos ter que agir. Agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas. Isso pra mim é muito claro".

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