Blinken diz ser 'improvável' firmar acordo nuclear com Irã

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Publicado Terça, 13 de Setembro de 2022 às 08:12, por: CdB

O acordo nuclear, conhecido como Joint of Comprehensive Plan of Action (JCPOA) foi assinado pelo Irã, por todos os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) e pela Alemanha em 2015, com intermediação da UE.

Por Redação, com ANSA - de Washington/Viena

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse nesta terça-feira ser "improvável" que o acordo nuclear com o Irã seja retomado após a resposta de Teerã ao documento criado pela União Europeia.
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Irã e países do CS da ONU devem analisar documento proposto pela UE
– O que nós vimos na última semana ou sobre a resposta do Irã à proposta colocada na mesa pela União Europeia é um claro retrocesso e faz com que as perspectivas de um acordo no curto prazo sejam, eu diria, improváveis – disse Blinken a repórteres dos EUA e do México que acompanham sua visita à capital mexicana. O norte-americano ainda acusou os iranianos de "não fazerem o necessário" para que o pacto, assinado em 2015 e interrompido em 2018, seja retomado. A fala de Blinken vem após manifestações oficiais dos governos do Reino Unido, França e Alemanha, que também se disseram "céticas" com as reais intenções de Teerã de retomar o acordo nuclear.

Negociação em Viena

Na segunda-feira, o chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou publicamente que "lamentava o fato do Irã não ter dado respostas positivas" ao plano apresentado pela UE após meses de negociação em Viena. O acordo nuclear, conhecido como Joint of Comprehensive Plan of Action (JCPOA) foi assinado pelo Irã, por todos os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) e pela Alemanha em 2015, com intermediação da UE. No entanto, três anos depois, o então presidente norte-americano, Donald Trump, retirou o país do pacto e reimpôs as sanções unilaterais ao governo. Desde então, os iranianos também pararam de respeitar as cláusulas do documento, especialmente no enriquecimento de urânio, e começaram a retirar as câmaras de vigilância remota da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) de suas plantas nucleares. Porém, com a posse de Joe Biden, as conversas para reativar o acordo foram retomadas em Viena e, no dia 8 de agosto, a UE enviou a versão final do documento para análises e sugestões das partes envolvidas diretamente na negociação. Não há prazo fixo para que todos mandem suas respostas.
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