Publicado Terça, 26 de Abril de 2022 às 13:20, por: CdB
Benedita da Silva é filha de um operário da construção civil e de uma lavadeira. Ela e seus 13 irmãos e irmãs tiveram de trabalhar desde criança para ajudar no sustento da família. Bené, como é carinhosamente chamada, vendia limão e amendoim, entregava as roupas que sua mãe lavava e passava, e trabalhava como empregada doméstica.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Em artigo assinado por correligionários na revista online Teoria e Debate, nesta terça-feira, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) recebe as homenagens de seus admiradores. Sob o título ‘Benedita da Silva, a inesgotável força de uma mulher negra’, Val Carvalho e Alberto Cantalice lembram que a parlamentar nasceu “em 26 de abril de 1942”.
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“Essa mulher negra corajosa, coerente e determinada, completa 80 anos. Uma “preta teimosa”, como ela gosta de assinar”, escrevem.
“Benedita da Silva já nasceu portando as marcas do triplo preconceito: racial, de gênero e de origem social. Seria mais uma entre as milhões de mulheres negras oprimidas na base da pirâmide social se não se tornasse, por esforço próprio, em uma das maiores lideranças populares do país, orgulho do Partido dos Trabalhadores e símbolo da luta do povo negro contra o racismo, contra o genocídio da juventude negra e contra o machismo”, acrescentam os redatores.
Fome de saber
Benedita da Silva é filha de um operário da construção civil e de uma lavadeira. Ela e seus 13 irmãos e irmãs tiveram de trabalhar desde criança para ajudar no sustento da família. Bené, como é carinhosamente chamada, vendia limão e amendoim, entregava as roupas que sua mãe lavava e passava, e trabalhava como empregada doméstica. Passou fome com seus filhos e sofreu as piores dores que a condição de mulher pobre e negra passa em nosso país racista, machista, desigual e opressor.
“Embora vivendo sob as mesmas condições de pobreza extrema e de discriminação vivida pelo povo negro, desde criança Benedita da Silva se diferenciava por sua inteligência e forte personalidade, que não permitiam que se conformasse com a situação em que viva com a sua família”, resumiram.
