Autoridades questionam isenção da ONG Transparência Internacional

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Publicado Quarta, 31 de Janeiro de 2024 às 19:14, por: CdB

A ONG Transparência Internacional, que teve papel de destaque no golpe de Estado levado a termo em 2016, com a queda da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) e no apoio à Operação Lava Jato, volta-se novamente contra o Brasil ao divulgar um relatório no que sugere que o país se tornou mais corrupto, em 2023, sob a gestão petista.


Por Redação - de Brasília

O relatório da Organização Não Governamental (ONG) Transparência Internacional sobre a percepção de corrupção, no mundo, foi questionado nesta quarta-feira pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado alertou para a fragilidade do documento, que passou a ser usado por grupos de comunicação ligados à direita e à extrema direita, como a Rede Globo, para atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A ONG Transparência Internacional é suspeita de manipular os dados de acordo com seus interesses financeiros


"Um índice baseado em percepções precisa ser visto com cautela. A questão exige exame mais aprofundado, a fim de evitar conclusões precipitadas", disse Gilmar, em mensagem na rede X (ex-Twitter).

A ONG Transparência Internacional, que teve papel de destaque no golpe de Estado levado a termo em 2016, com a queda da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) e no apoio à Operação Lava Jato, volta-se novamente contra o Brasil ao divulgar um relatório no que sugere que o país se tornou mais corrupto, em 2023, sob a gestão petista.

 

Despropósitos


Na análise de especialistas, os motivos alegados pela ONG são absolutamente despropositados. O relatório cita, para justificar seus argumentos, as indicações do presidente Lula ao STF, com as escolhas dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino — ambos sabatinados e aprovados no Plenário do Senado —; bem como o fato de o governo não ter seguido a lista tríplice ao escolher o gestor público Paulo Gonet como novo procurador-geral da República, algo que não consta de nenhum regulamento legal, no país.

Titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública até quinta-feira, aprovado para uma cadeira no STF, o ministro Flávio Dino fez nesta manhã um balanço de sua gestão à frente da pasta. Ele deixa o cargo para o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski. Em seu discurso, Dino também mencionou o relatório da Transparência Internacional, que classificou de"atípico" e “anômalo”.

 

Operações


Dino destacou, ainda, que o fim da "espetacularização" do combate à corrupção não significa que tal combate não esteja sendo feito.

— (Na véspera), com espanto, eu vi um atípico, anômalo relatório dizendo que a corrupção no Brasil tinha aumentado e afirmações bastante exóticas, inclusive, nesse estudo. E eu demonstro aqui que a Polícia Federal continua sim, firmemente, todos os dias, combatendo a corrupção. O que mudou é que nós pusemos fim à política de espetacularização do combate à corrupção, que é uma forma de corrupção. Quem usa corrupção como forma de combate à corrupção como bandeira política é tão corrupto quanto o corrupto. E foi essa mudança que nós fizemos, mas as operações aí estão — afirmou Dino, em seu discurso.

Segundo o ministro, em 2023 a Polícia Federal fez 227 operações relativas a corrupção, efetuou 147 prisões, cumpriu 2.091 mandados e apreendeu R$ 897 milhões em bens e valores.

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