Um estudo de 2020 do IBGE, por exemplo, identificou que as mulheres representavam 71,9% dos empregos perdidos no primeiro ano da pandemia da covid. Para Janaína Gomes, doutora em direitos humanos pela USP, a feminização da pobreza é um fenômeno.
Por Altamiro Borges - de São Paulo
Estudo divulgado no último dia 8 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirma mais uma tragédia social promovida pelo reinado da necropolítica de Jair Bolsonaro, que felizmente está chegando ao fim. Nos quatro anos do seu desgoverno, a população em situação de rua no Brasil cresceu 38% e chegou em 2022 a 281,4 mil pessoas vegetando em condições subumanas.A feminização da pobreza
Um estudo de 2020 do IBGE, por exemplo, identificou que as mulheres representavam 71,9% dos empregos perdidos no primeiro ano da pandemia da covid. Para Janaína Gomes, doutora em direitos humanos pela USP, a feminização da pobreza é um fenômeno verificado em vários outros campos de pesquisa e também se aplica ao problema de quem vai parar na rua. – A questão é estrutural, precisamos de alternativas de saída da rua, para que as pessoas tenham garantias. A alta da pobreza aumentou os despejos e a dificuldade de pagar aluguel, e mais famílias e mulheres têm ido para a situação de rua… Elas vivem precariedades e violências muito particulares, que ainda estamos por entender, porque até recentemente a maior parte da população de rua era de homens – alerta a estudiosa.Altamiro Borges, é jornalista.
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