Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Atos organizados pelo governo do Irã pedem execução de manifestantes

Arquivado em:
Sexta, 23 de Setembro de 2022 às 08:32, por: CdB

Os atos chamaram os manifestantes antigovernamentais de "soldados de Israel", mostrou a cobertura ao vivo da televisão estatal. Eles também gritaram "Morte à América" e "Morte a Israel", slogans comuns que os governantes clericais do país usam para tentar obter apoio às autoridades.

Por Redação, com Reuters - de Teerã

Manifestações organizadas pelo Estado para combater protestos antigovernamentais em todo o Irã desencadeados pela morte de uma mulher sob custódia policial começaram em várias cidades iranianas nesta sexta-feira, com participantes pedindo a execução de manifestantes.
atoira.jpeg
Protestos organizados pelo governo iraniano pedem execução de manifestantes
Os atos chamaram os manifestantes antigovernamentais de "soldados de Israel", mostrou a cobertura ao vivo da televisão estatal. Eles também gritaram "Morte à América" e "Morte a Israel", slogans comuns que os governantes clericais do país usam para tentar obter apoio às autoridades. "Os infratores do Alcorão devem ser executados", gritava a multidão.

Exército iraniano

O Exército iraniano disse nesta sexta-feira que iria "confrontar os inimigos" para garantir a segurança, o aviso mais forte até agora para manifestantes que têm realizado protestos em todo o país pelo caso de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu na semana passada depois de ser presa pela polícia moral por usar "trajes inadequados". O Exército disse que "essas ações desesperadas fazem parte da estratégia maligna do inimigo para enfraquecer o regime islâmico". A instituição "confrontará as várias tramas dos inimigos para garantir segurança e paz às pessoas que estão sendo injustamente agredidas", afirmou. Os governantes clericais do Irã temem um renascimento dos protestos de 2019 que eclodiram devido ao aumento do preço da gasolina, o mais sangrento da história da República Islâmica. À agência inglesa de notícias Reuters informou que 1,5 mil pessoas foram mortas. Na mais recente agitação, manifestantes em Teerã e outras cidades incendiaram delegacias e veículos da polícia, enquanto a indignação pela morte de Amini não mostra sinais de diminuir, com relatos de forças de segurança sendo atacadas. A mídia iraniana informou a prisão de 288 manifestantes na quinta-feira. A morte de Amini reacendeu a raiva por questões como restrições às liberdades pessoais no Irã, incluindo códigos de vestimenta rígidos para mulheres, e uma economia que sofre com as sanções.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo