Assessor do secretário geral da OEA é preso por crime organizado em El Salvador

Arquivado em:
Publicado Segunda, 07 de Junho de 2021 às 08:46, por: CdB

Muyshondt tem um processo aberto desde 2019 no Ministério Público, acusado de direcionar US$ 69 mil para compra de votos, através da sua associação com pandilleros. O ex-prefeito afirma ser um preso político.

Por Redação, com Brasil de Fato - de São Salvador

O ex-assessor do secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Ernesto Muyshondt foi detido no último dia 4, em San Salvador, acusado de crime organizado.
assessor.jpg
Ernesto Muyshondt foi preso em San Salvador, acusado de fraude eleitoral e associação criminosa
Em vídeos divulgados nas redes sociais, o assessor de Almagro é visto entregando dinheiro a representantes das pandillas, organizações paramilitares vinculadas ao narcotráfico. Muyshondt foi prefeito da capital salvadorenha, entre 2018 e 2021, pelo partido Aliança Repulicana Nacionalista (Arena) e é considerando um dos maiores opositores a Nayib Bukele. atual presidente de El Salvador. Muyshondt tem um processo aberto desde 2019 no Ministério Público, acusado de direcionar US$ 69 mil para compra de votos, através da sua associação com pandilleros. O ex-prefeito afirma ser um preso político. Em audiência, em fevereiro de 2020, Ernesto Muyshondt se declarou inocente e afirmou que o presidente do seu partido também deveria ser indiciado por ter lhe entregado US$ 30 mil para pagar às maras - grupos de crime organizado.

Relação com OEA

Na última quinta-feira, o secretário geral da OEA, Luis Almagro anunciou seu novo assessor. Em seguida, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele declarou sua saída da Comissão Internacional Contra a Impunidade em El Salvador (Cicies), organismo vinculado à OEA. – Decidimos romper nosso convênio com a OEA-Cicies, porque é despropósito tratar de combater a impunidade justamente com as pessoas que a estão promovendo em El Salvador – afirmou o chefe de Estado em conferência de imprensa no sábado. Bukele ainda acusou Almagro de promover uma agenda política na região. O acordo entre El Salvador e OEA, que deu origem à Cicies foi assinado em novembro de 2019, já sob gestão do atual mandatário. Com a ruptura do acordo, investigações que acusavam o desvio de dinheiro público para combater a pandemia da covid-19 durante gestão de Bukele serão interrompidas.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo