Alunos de Harvard e Princeton iniciam acampamento pró-Palestina

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Publicado Quinta, 25 de Abril de 2024 às 13:04, por: CdB

Manifestantes exigem que as instituições parem de investir em empresas israelenses que lucram ou se envolvem no conflito. Diversos alunos iniciaram um acampamento em Harvard Yard, considerada a área mais antiga do campus da universidade em Cambridge, Massachusetts.


Por Redação, com Poder360 - de Washington


Estudantes das universidades Harvard e Princeton, nos Estados Unidos, juntaram-se a lista de instituições de ensino superior norte-americanas que realizam atos contra a guerra na Faixa de Gaza.




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Na imagem, acampamento de estudantes no campus da Universidade Columbia, em Nova York, nos EUA, em ato pró-Palestina

Na quarta-feira, diversos alunos iniciaram um acampamento em Harvard Yard, considerada a área mais antiga do campus da universidade em Cambridge, Massachusetts. O local já tem mais de 30 barracas, segundo informações do jornal estudantil Harvard Crimson.


Até a publicação desta reportagem, a administração da universidade não havia se manifestado sobre o protesto.


O ato é organizado pelo Harvard Out of Occupied Palestine Coalition. Em comunicado no Instagram, o grupo afirmou que estabeleceu o que eles chamam de “Liberated Zone” (Zona Livre, em tradução livre), referindo-se ao acampamento, “para exigir o fim da cumplicidade moral e material de Harvard no genocídio contínuo do povo palestino”.


Os manifestantes também reivindicam que a universidade divulgue qualquer investimento em Israel e pare com as aplicações desses recursos. Querem ainda que Harvard retire as acusações contra estudantes por “organização e ativismo, e se comprometa a acabar com a transformação da política disciplinar em arma”.



Princeton


Cerca de 100 estudantes da Universidade Princeton, em Nova Jersey, começaram um acampamento no McCosh Courtyard na manhã desta quinta-feira. Eles também exigem o desinvestimento financeiro da instituição em “empresas que lucram ou se envolvem na campanha militar, na ocupação e nas políticas de apartheid de Israel”.


Segundo informações do jornal estudantil The Daily Princetonian, a segurança da instituição emitiu um alerta aos estudantes assim que as barracas foram erguidas. Pelo menos 2 alunos foram presos.


De acordo com a NBC News, a vice-presidente da universidade, Rochelle Calhoun, enviou uma mensagem aos alunos na quarta-feira alertando que “qualquer indivíduo envolvido em um acampamento, ocupação ou outra conduta perturbadora ilegal que se recuse a parar após um aviso será preso e imediatamente impedido de entrar no campus”.


Nesta quinta-feira, o presidente de Princeton, Christopher Eisgruber, disse em um artigo de opinião publicado no jornal estudantil The Daily Princetonian que, embora a universidade defenda a liberdade de expressão, há limites em relação à hora e aos locais onde os protestos são realizados.


– Os regulamentos de tempo, lugar e comportamento de Princeton incluem uma proibição clara e explícita de acampamentos. Elas determinam que ‘não é permitido acampar em veículos, barracas ou outras estruturas no campus. É proibido dormir em qualquer tipo de espaço ao ar livre’ – escreveu.


Segundo Eisgruber, os acampamentos também impedem que outras pessoas se movimentem livremente no campus, criam riscos à saúde e à segurança e “tendem a se tornar locais de conflito”.




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