Alemanha continua como motor da Europa, garante o Banco Central

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Publicado Segunda, 22 de Setembro de 2014 às 09:59, por: CdB
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A Alemanha tem demonstrado força durante a crise de dívida na zona do euro
A economia da Alemanha continua robusta, afirmou o Banco Central do país nesta segunda-feira, prevendo um final de ano positivo no geral apesar da desaceleração até o momento. Em seu relatório mensal para setembro, o BC afirmou que a indústria alemã foi impulsionada em julho pelo fato de que houve menos feriados escolares durante aquele mês. Entretanto, agosto, segundo o Banco Central, foi o oposto. "As perspectivas econômicas para a Alemanha se tornaram mais fracas desde meados do ano", escreveram autoridades no relatório, citando "tensões geopolíticas", uma referência ao conflito na Ucrânia que já afetou a confiança empresarial. "Entretanto, a tendência econômica geral deve permanecer positiva apesar da desaceleração na velocidade de expansão na primeira metade de 2014." A economia alemã encolheu ligeiramente no segundo trimestre do ano, levando alguns agentes, incluindo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a cortar sua projeção de crescimento para o país no ano. E, embora o governo estime que a economia vai se expandir 1,8% neste ano, o ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, afirmou que o número pode ficar aquém dessa projeção, segundo fontes. O BC alemão mostrou-se cauteloso sobre agosto, alertando contra um desempenho tão forte quanto julho, porque mais feriados escolares foram transferidos para aquele mês. A produção industrial alemã registrou em julho o maior aumento mensal desde março de 2012. Indústria alemã O conglomerado industrial Siemens, um dos maiores do país, disse nesta segunda-feira que comprará a fabricante de equipamentos para campos de petróleo Dresser-Rand por US$ 7,6 bilhões, em uma iniciativa que deve fortalecer significativamente o negócio de óleo e gás da companhia na América do Norte. A alemã Siemens disse que sua oferta de US$ 83 por ação foi apoiada de maneira unânime pela diretoria da Dresser-Rand. Isso se compara a um preço de fechamento da ação da empresa na sexta-feira de US$ 79,91. O papel subiu 27% nos últimos três meses com especulações sobre uma aquisição. Minutos após divulgar o comunicado do negócio, a Siemens também informou a venda de sua fatia de 50% na BSH Bosch und Siemens Hausgeraete GmbH para a parceira de joint-venture Robert Bosch GmbH por 3 bilhões de euros (US$ 3,85 bilhões), encerrando sua aliança de mais de 45 anos no segmento de eletrodomésticos. "Como marca premium nos mercados globais de infraestrutura energética, a Dresser-Rand se encaixa perfeitamente no portfólio da Siemens. As atividades combinadas criarão uma fornecedora de classe mundial para os crescentes mercados de óleo e gás", disse o presidente-executivo da Siemens, Joe Kaeser, em comunicado nesta segunda-feira. Pé no freio No outro lado do Atlântico Norte, as vendas de moradias usadas nos Estados Unidos caíram inesperadamente em agosto uma vez que investidores se afastaram do mercado, mas a queda provavelmente não sinaliza uma fraqueza renovada no setor imobiliário. A Associação Nacional de Corretores informou nesta segunda-feira que as vendas de moradias usadas caíram 1,8%, para taxa anual de 5,05 milhões de unidades. O recuo seguiu-se a quatro meses consecutivos de ganhos e o ritmo de vendas ainda foi o segundo mais alto do ano. Economistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters esperavam que as vendas aumentariam para um ritmo de 5,20 milhões de unidades. Em comparação a agosto do ano passado, as vendas caíram 5,3%. Os investidores que vinham sustentando o mercado quase o esvaziaram no mês passado, respondendo por apenas 12% das transações, menor participação desde novembro de 2009.
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