Alemanha processa ativista por apoio à invasão da Ucrânia

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Publicado Sexta, 10 de Março de 2023 às 08:06, por: CdB

Russa organizou em maio passado grande carreata em Colônia a favor do Kremlin. Ela é acusada de defender publicamente uma violação do direito internacional, o que é considerado crime.


Por Redação, com DW - de Berlim


De acordo com informações divulgadas na quarta-feira pelo site alemão de notícias T-Online, a russa Elena Kolbasnikova será julgada a partir de 29 de março por ter se manifestado a favor da invasão da Rússia na Ucrânia durante um protesto pró-Kremlin em 5 de maio de 2022 na cidade de Colônia, no oeste da Alemanha.




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Elena Kolbasnikova é acusada de organizar eventos pró-Kremlin e defender a invasão russa da Ucrânia

– A ré manifestou sua aprovação à guerra de agressão russa na Ucrânia durante um evento pró-Rússia em 5 de maio de 2022 – afirmou a juíza Denise Fuchs-Kaninski, porta-voz do Tribunal Distrital de Colônia.



Laços com extrema direita e serviço secreto russo


Conforme o portal, a acusada é considerada, junto com seu marido, uma das líderes do movimento pró-Kremlin na Alemanha, que, segundo as investigações, é ligado a figuras da extrema direita alemã e dos serviços secretos russos.


Na região de Colônia, o casal organizou diversos eventos no ano passado, incluindo um no qual exaltou o líder checheno Ramzan Kadyrov, assim como uma grande carreata em apoio à Rússia que reuniu mais de mil veículos com bandeiras russas e soviéticas.


Foi durante esse protesto que Kolbasnikova disse que "a Rússia não é um agressor; a Rússia está atualmente ajudando a pôr fim à guerra na Ucrânia". As declarações foram consideradas crime pelo Ministério Público de Colônia.



Até três anos de prisão, em caso de condenação


Uma vez que a invasão de outro país é uma violação do direito internacional, a promotoria argumenta que expressar apoio ou aprovação a um crime, de forma que isso pode perturbar a ordem pública, é um ato criminoso de acordo com o artigo 140 do código penal alemão, passível de multa e até três anos de prisão.


Segundo o jornal Kölner Stadt-Anzeiger, Kolbasnikova também enfrenta outra possível acusação por supostamente ter promovido alistamento para o Grupo Wagner, uma empresa paramilitar privada com fortes ligações com o Kremlin.



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