Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2024

Agência de risco ainda coloca nota de crédito favorável mais para o futuro

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Sexta, 13 de Setembro de 2024 às 20:47, por: CdB

Embora o arcabouço fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma tão esperada reforma tributária do país tenham sido bem-vindas, a Fitch ainda não vê o fardo da dívida caindo ou mesmo se estabilizando em ritmo acelerado, disse Shelly Shetty, diretora e chefe de títulos soberanos da Ásia e das Américas.

Por Redação – de São Paulo

O governo brasileiro precisaria cumprir suas metas fiscais, estabilizar a dívida soberana em torno dos níveis atuais e construir sua credibilidade fiscal antes de ter uma atualização da nota de crédito, segundo a agência de risco Fitch Ratings.

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A Fitch Ratings calcula a credibilidade de países e empresas no pagamento de dívidas

Embora o arcabouço fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma tão esperada reforma tributária do país tenham sido bem-vindas, a Fitch ainda não vê o fardo da dívida caindo ou mesmo se estabilizando em ritmo acelerado, disse Shelly Shetty, diretora e chefe de títulos soberanos da Ásia e das Américas na empresa de classificação.

— Ainda estamos vendo incertezas fiscais, ainda estamos vendo a dívida em um caminho ascendente. Não achamos que a classificação vá subir no curto prazo, e a questão do grau de investimento está obviamente mais para frente — disse Shetty, em entrevista à agência norte-americana de notícias Bloomberg, em sua sede na capital paulista.

 

Posições

A Fitch elevou o Brasil para BB — dois níveis abaixo do grau de investimento — em julho de 2023, com perspectiva estável. A S&P Global Ratings e a Moody’s Ratings também melhoraram suas posições sobre o país desde meados de 2023.

O governo Lula tem enfrentado crescente escrutínio sobre seu compromisso com a saúde fiscal, com investidores preocupados com a disposição do presidente em concordar com cortes de gastos para atingir as metas orçamentárias. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse à imprensa que acredita que o Brasil pode recuperar sua classificação de grau de investimento, que foi retirada há quase uma década.

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