Afegãos que colaboraram com EUA pedem ajuda a Biden ante avanço dos talebãs

Arquivado em:
Publicado Sexta, 23 de Julho de 2021 às 07:47, por: CdB

 

Os afegãos que colaboraram com os militares norte-americanos estacionados no Afeganistão temem por sua vida ante o avanço do Talebã (organização terrorista proibida na Rússia) e pedem apoio do presidente dos EUA, informou a CNN.

Por Redação, com Sputnik - de Cabul
Os afegãos que colaboraram com os militares norte-americanos estacionados no Afeganistão temem por sua vida ante o avanço do Talebã (organização terrorista proibida na Rússia) e pedem apoio do presidente dos EUA, informou a CNN.
afegao.jpg
Afegãos que colaboraram com EUA pedem ajuda a Biden ante avanço dos talibãs, informa CNN
– Não podemos respirar aqui. Os talibãs não têm piedade de nós – contou Abdulhaq Ayoubi, um dos colaboradores. – Pedimos gentilmente que o presidente Biden nos salve. Nós o ajudamos e você tem que nos ajudar – acrescentou. Ele disse que um seu amigo, Sohail Pardis, intérprete que colaborou com o Exército dos EUA, foi decapitado pelos talibãs após ter recebido ameaças de morte provenientes do movimento, já que o Talebã descobriu sua cooperação com os EUA. Segundo Ayoubi, Pardis queria abandonar o Afeganistão, mas não correspondia aos critérios para obter o visto especial por causa de sua demissão. Conforme a emissora, cerca de 18 mil afegãos que colaboraram com os militares dos EUA solicitaram visto ao país.

Exército no Afeganistão

Antes, o porta-voz do Departamento do Estado dos EUA, Ned Price, informou que o governo norte-americano acolherá 2,5 mil afegãos que trabalharam para o Exército no Afeganistão, na base de Fort Lee, no estado de Virginia, enquanto terminam as formalidades relativas a seus vistos especiais. Ao mesmo tempo, Washington pediu que o Tajiquistão, Cazaquistão e Uzbequistão recebam temporariamente cerca de 9 mil afegãos. O The Wall Street Journal, por sua vez, informou que os EUA se preparam para acolher até 35 mil intérpretes afegãos e membros de suas famílias em duas bases norte-americanas no Kuwait e Qatar. O Afeganistão vive uma situação de instabilidade devido aos ataques lançados pelo movimento Talebã e, desde 2015, também pelo Estado Islâmico (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). À medida que as tropas dos EUA e de outros países-membros da coalizão liderada pela OTAN continuam sua retirada do solo afegão, os talebãs estão ganhando terreno na sua ofensiva contra as forças governamentais.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo