O mecânico Cristian Cravinhos, um dos acusados de assassinar o casal Marísia e Manfred von Richthofen se emocionou hoje durante reconstituição do crime, realizada no Brooklin, zona sul de São Paulo. Segundo a polícia, ele chorou porque lembrou do momento do assassinato. Além de Cristian, os outros dois acusados pelo crime também participam dos trabalhos: a filha do casal, Suzane, 19, e seu namorado, Daniel, 21 (irmão de Cristian). Os acusados disseram em depoimento que usaram barras de ferro para golpear Marísia e Manfred enquanto dormiam. A reconstituição começou por volta das 11h30. Cristian, o primeiro a participar, terminou sua reconstituição por volta das 15h45. Suzane será a próxima a reconstituir o crime. A polícia havia informado anteriormente que ela encerraria os trabalhos. Seu irmão, Andreas, 15, também está na casa. O crime Os corpos de Manfred e Marísia foram descobertos na cama, na madrugada de 31 de outubro. O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto e Marísia estava com um saco plástico na cabeça. Na sexta-feira (8), após depoimentos que se estenderam pela madrugada, a Polícia Civil anunciou ter desvendado o crime. Segundo o DHPP, Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado. A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas. A biblioteca estava revirada. Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada. Suzane disse à polícia, no dia do crime, que havia saído com o namorado e com o irmão na noite de 30 de outubro. Deixaram Andreas em um cibercafé e foram a um motel. Na volta, disse que encontrou as portas abertas e as luzes acesas. Na ocasião, informou aos policiais do 27º Distrito Policial o desaparecimento de R$ 8.000 e US$ 5.000. Durante novos depoimentos feitos ao DHPP, os policiais perceberam contradições entre as falas de Suzane, do irmão e do namorado. Jóias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian, C., 16, em Mairinque (66 km a oeste de São Paulo). Ela é uma das testemunhas da polícia. Seu pai disse ontem, após depoimento da adolescente no DHPP, que Cristian chegou a ameaçar a filha de morte caso ela contasse para alguém sobre o assassinato. Disse também que Cristian passou com sua família o primeiro final de semana depois do crime, quando, provavelmente, escondeu as jóias na casa.
Rio de Janeiro, Quinta, 02 de Maio de 2024
Acusado chora ao entrar em quarto onde casal Richthofen foi morto
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Publicado Quarta, 13 de Novembro de 2002 às 19:25, por: CdB
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