Acordo entre Avianca, Gol e Latam foi uma rasteira na Azul, resume analista

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Publicado Sábado, 06 de Abril de 2019 às 11:17, por: CdB

A Azul tinha acertado um acordo preliminar anterior com a Avianca Brasil para assumir slots da companhia por US$ 105 milhões e fornecido cerca de US$ 8 milhões para que a companhia aérea honrasse sua folha de pagamento em março.

 
Por Redação - de São Paulo
  A companhia aérea Azul, terceira maior do país, foi “passada para trás”, segundo analistas, na sua intenção de assegurar a compra de setores vitais da concorrente Avianca Brasil. Em Congonhas, Gol e Latam já controlam um total combinado de 92% dos slots e a Azul detém apenas 3%.
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A Azul detém menos de 5% dos slots em um dos aeroportos mais importantes do país
A Azul tinha acertado um acordo preliminar anterior com a Avianca Brasil para assumir slots da companhia por US$ 105 milhões e fornecido cerca de US$ 8 milhões para que a companhia aérea honrasse sua folha de pagamento em março. O acordo, no entanto, foi cancelado depois que Gol e Latam entraram na negociação, em um anúncio surpreendente, na quarta-feira.

Nova estrutura

Na sexta-feira, o Departamento de Estudos Econômicos do Cade afirmou que a solução com menor potencial de gerar preocupação concorrencial seria um novo entrante assumir a operação das unidades (ativos da Avianca Brasil), tendo em vista que, neste caso, não haveria mudança do nível de concentração do setor. Neste sentido, a aquisição dos ativos da Avianca Brasil pela Azul apresenta um nível de preocupação concorrencial menor do que no contexto com Latam ou Gol, segundo o Cade. “Seria necessária, no entanto, uma análise profunda para uma conclusão sobre essa operação”, afirmou o órgão de defesa da concorrência. Credores liderados pelo fundo de hedge Elliott Management aprovaram um plano de reestruturação da companhia aérea Avianca Brasil, horas depois que a agência de defesa da concorrência do país, Cade, ter manifestado preocupações de que o acerto pode violar regras de proteção à competição. A nova proposta de venda de ativos da Avianca Brasil também pode atrair receios da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo nota a clientes de analistas do Bradesco BBI, “não está claro se a Anac vai aprovar esta nova estrutura” de venda dos ativos.
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