14 estrangeiros estão desaparecidos no Iraque

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Publicado Sábado, 10 de Abril de 2004 às 06:56, por: CdB

Ao menos 14 estrangeiros --três japoneses, quatro italianos, dois americanos, dois palestinos, dois alemães e um canadense-- desapareceram ou estão sendo mantidos reféns por rebeldes iraquianos.

Hoje, dois funcionários alemães especializados em segurança desapareceram no Iraque. Segundo um porta-voz do ministério alemão das Relações Exteriores, até agora não há nenhum elemento que indique que se trate de um seqüestro.

Segundo a emissora de TV pública alemã ZDF, os dois teriam desaparecido na região de Fallujah, onde combates entre rebeldes e as forças da coalizão continuam hoje pelo sexto dia consecutivo.

Crise no governo

O seqüestro anteontem dos três japoneses (um cinegrafista free-lancer e uma mulher e um homem que trabalham em agências humanitárias) gerou uma crise no governo japonês e colocou o primeiro-ministro Junichiro Koizumi em situação delicada. Parentes dos civis aprisionados e milhares de manifestantes pediram ontem que Koizumi ceda às exigências dos seqüestradores.

"Nós não podemos nos curvar diante das ameaças covardes de terroristas. Não conhecemos esse grupo [as Brigadas Mujahideen, que reivindicaram o seqüestro]. O que precisamos fazer agora é conseguir informações precisas e trazê-los para casa em segurança', disse Koizumi, que prometeu não retirar as tropas japonesas.

Um assessor de Moqtada al Sadr negou que o seqüestro tenha sido realizado por milicianos ligados ao clérigo radical líder do levante xiita: "Condenamos tais atos e rezamos pela libertação".

Para soltar os civis japoneses, os seqüestradores exigem que o país retire suas tropas do Iraque. Caso contrário, os reféns serão queimados vivos. O prazo dado pelos iraquianos termina amanhã de manhã.

A Coréia do Sul, que teve anteontem oito cidadãos seqüestrados e soltos no mesmo dia, disse que não recuará, mas proibiu viagens de civis ao Iraque.

Ontem, insurgentes iraquianos anunciaram o seqüestro de quatro italianos e dois americanos a oeste de Bagdá. O governo italiano, no entanto, disse desconhecer o desaparecimento de compatriotas. A imprensa italiana acredita que os seqüestrados possam ser ex-militares que estejam trabalhando incógnitos para empresas privadas de segurança.

Anteontem dois palestinos e um canadense também foram seqüestrados.

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