Os documentos forjados incluíam um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com a frase "faz o L".
Por Redação - de Brasília
O deputado Rogério Correia (PT-MG) protocolou, nesta quarta-feira, requerimento para que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro ouça o hacker Walter Delgatti Neto. Segundo a PF, Delgatti teria, a mando da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) e com endosso do então presidente Jair Bolsonaro (PL), tentado invadir os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e inserido alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os documentos forjados incluíam um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com a frase "faz o L". Além disso, o hacker também disse que Bolsonaro perguntou, em reunião, se ele conseguiria invadir urnas eletrônicas caso estivesse munido do código fonte. O requerimento já conta com apoio suficiente para ser apreciado na próxima sessão deliberativa, nesta quinta-feira, a partir das 9h.
Tornozeleira
O depoimento de Delgatti Neto abre caminho para uma delação premiada que incrimina a deputada Carla Zambelli e o ex-presidente Bolsonaro. Desde que foi solto de sua segunda prisão, com tornozeleira eletrônica, o hacker tem conversado sobre o projeto de um documentário sobre seu papel na política recente do país, desde a Operação Vaza Jato.
A interlocutores, ele fala sobre depoimento revelador à PF, quanto à participação de Bolsonaro no golpe de Estado frustrado, no início deste ano. Delgatti aproveitou a oportunidade, ao ser preso, para falar sobre os serviços que prestou a Carla Zambelli e Bolsonaro, dos quais se arrepende.