Rio de Janeiro, 27 de Setembro de 2024

Polícia Federal deflagra ação contra incêndios criminosos em Corumbá

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Sexta, 20 de Setembro de 2024 às 12:04, por: CdB

Investigadores suspeitam que envolvidos em queimadas em área da União tenham dado prejuízo na casa dos R$ 220 milhões.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

A Polícia Federal (PF) foi às ruas na manhã desta sexta-feira em operação contra suspeitos de participarem de incêndios criminosos na região de Corumbá (MS). São sete mandados de busca e apreensão.

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Corumbá (MS) é a cidade que mais queima no Brasil

Para a PF, “as investigações dos incêndios de 2024 apontam que a área queimada é algo reiterado deste tipo de crime ambiental, e posteriormente alvo também de grilagem das áreas com a realização de fraudes junto aos órgãos governamentais”.

São investigados incêndios em um território de 6,4 mil hectares de propriedade da União no Pantanal. A estimativa é que os danos superem R$ 220 milhões.

A corporação já fez buscas na região e identificou, pelo menos, 2,1 mil cabeças de gado na área que é objeto da investigação. A estimativa, porém, é de que mais de 7,2 mil animais tenham sido criados na região durante o período investigado.

Caso os suspeitos sejam denunciados, eles podem responder pelos crimes de provocar incêndio em mata ou floresta, desmatar e explorar economicamente área de domínio público, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.

Apesar das queimadas generalizadas no Brasil, o caso de Corumbá é especialmente preocupante. O município do MS, que faz fronteira com a Bolívia, é o mais afetado pelo fogo no país, neste ano.

Segundo dados do MapBiomas, foram 616.980 hectares de área queimada na cidade, entre janeiro e agosto deste ano. A área sob fogo em Corumbá é mais que o dobro da referente ao segundo colocado, o município de São Félix do Xingu (PA), com 277.951 hectares sob incêndio, no mesmo período.

PF abre inquérito para investigar incêndio em Brasília

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para investigar o incêndio que, desde o último domingo, atinge o Parque Nacional de Brasília, próximo à Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República.

Conhecido como Água Mineral, o parque nacional é uma unidade de conservação vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

O ICMBio confirmou, à Agência Brasil que o incêndio começou em região próxima à residência oficial Granja do Torto e que, desde ontem, mantém brigadistas no local, em apoio ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino determinou, nesse domingo, a disponibilização de um orçamento de emergência climática para enfrentar os incêndios florestas que atingem diversas partes do país.

Na decisão, Dino determinou também o uso do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para mobilizar recursos e permitir que o órgão trate como prioridade os inquéritos sobre queimadas e incêndios.

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