Segundo o IBGE, o número de desempregados baixou a 7,3 milhões. O contingente recuou 6,5% ante o período até maio (menos 502 mil pessoas) e caiu 13,4% frente a igual intervalo do ano passado (menos 1,1 milhão).
Por Redação – do Rio de Janeiro
O desemprego do Brasil recuou a 6,6% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira. Trata-se do menor patamar para o período na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), com início em 2012.
Na edição anterior, como base de comparação o nível estava em 7,1% no último trimestre até maio. Agora, a taxa de 6,6% veio ligeiramente abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência norte-americana de notícias Bloomberg esperavam indicador de 6,7% para o trimestre finalizado em agosto.
Segundo o IBGE, o número de desempregados baixou a 7,3 milhões. O contingente recuou 6,5% ante o período até maio (menos 502 mil pessoas) e caiu 13,4% frente a igual intervalo do ano passado (menos 1,1 milhão).
Recorde
A população desempregada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que continuam à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse grupo, e sim dos desalentados, aqueles que desistiram de buscar uma ocupação formal.
— A baixa desocupação reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação para valores próximos ao de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar — descreveu a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, a jornalistas.
Ainda de acordo com o IBGE, a população ocupada com algum tipo de trabalho chegou a 102,5 milhões no intervalo até agosto. Assim, renovou a máxima de toda a série. O contingente cresceu 1,2% frente ao trimestre anterior (mais 1,2 milhão) e 2,9% na comparação com um ano antes (mais 2,9 milhões).
Setor privado
O chamado nível da ocupação, diz o IBGE, alcançou 58,1% até agosto. É o maior percentual para esse trimestre desde 2013. O indicador mede a proporção de pessoas que estão ocupadas em relação ao total de 14 anos ou mais. Segundo o Instituto, tanto os empregados com carteira assinada no setor privado (38,6 milhões) quanto os sem carteira (14,2 milhões) renovaram recordes.
A população total na informalidade, que também envolve autônomos sem CNPJ, por exemplo, atingiu a máxima de 39,8 milhões. Com isso, a taxa de informalidade foi estimada em 38,8%.
Esse percentual já foi maior. Estava em 41% no trimestre até agosto de 2019, antes da pandemia. A taxa de informalidade mede a proporção de informais ante o total ocupado.