Rio de Janeiro, 27 de Setembro de 2024

Bancos se apressam em reduzir o custo dos empréstimos

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Quinta, 03 de Agosto de 2023 às 14:20, por: CdB

Com a redução anunciada nesta quarta-feira, a chamada Selic passará a ser de 13,25% ao ano – mesmo patamar de agosto de 2022. Por praticamente um ano, ela esteve em 13,75% ao ano.


Por Redação, com ABr - de Brasília

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia nacional vai reduzir a dívida pública brasileira em cerca de R$ 21 bilhões. O valor é equivalente ao dobro do orçamento do programa Minha Casa Minha Vida reservado para este ano.

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A queda na taxa básica de juros da economia brasileira repercute nas contas públicas


Com a redução anunciada nesta quarta-feira, a chamada Selic passará a ser de 13,25% ao ano – mesmo patamar de agosto de 2022. Por praticamente um ano, ela esteve em 13,75% ao ano. A Selic serve como referência para os títulos da dívida emitidos pelo governo para obter recursos e manter o Estado funcionando. Isso significa que quanto mais alta ela está, mais o governo gasta para se financiar.

Na sexta-feira, antes da redução da Selic, o BC divulgou seu relatório mais atual sobre a situação fiscal do setor público brasileiro. Segundo o documento, o setor público – governo federal, regionais e estatais – gastaram só em junho R$ 40,7 bilhões para pagar juros da dívida pública. Nos 12 meses encerrados em junho, foram R$ 638,1 bilhões – 8,4% a mais do que os R$ 588,6 gastos nos 12 meses anteriores.

Economia


De acordo com o próprio BC, a cada 1 ponto percentual de aumento da Selic, a dívida pública aumenta R$ 42,6 bilhões. O cálculo aproximado também vale para mudança no sentido contrário, ou seja, redução da taxa. Isso é pouco menos do que o governo federal gastará para o pagamento dos seguros desemprego 2023. É também 10% do que ele gastará com servidores no ano.

— Você fica fazendo economia de R$ 1 bilhão, de meio bilhão, e acaba gastando quase R$ 200 bilhões a mais, em razão de ter uma taxa Selic nessa altura — sublinou o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), em junho, quando o governo já fazia campanha pela redução da taxa de juros.

Em 2022, os gastos do governo federal com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública somaram R$ 1,879 trilhão, de acordo com a organização Auditoria Cidadã da Dívida (ACD). Isso consumiu 46,3% do Orçamento Federal. Apesar disso, em 2022, a dívida pública federal aumentou R$ 464 bilhões.

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