No carro de som, Bolsonaro cobrou do Senado uma atitude mais enérgica em relação ao ministro do STF, apelando por um “freio” às ações de Moraes, a quem chamou de “ditador”. Em sua fala, alegou ainda que o ministro estaria “fazendo mais mal ao Brasil” do que o atual presidente.
Por Redação – de São Paulo
O protesto convocado pelo ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), para este 7 de Setembro na Avenida Paulista, contou com um público abaixo das expectativas dos organizadores. Nas imagens aéreas, ficou claro que a presença do público era consistente apenas no local dos discursos, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) e ao Parque Trianon, nas imediações, com grandes espaços vazios nos demais quarteirões, muito aquém da última convocação dos mesmos atores em ocasiões passadas. Bolsonaro, ao encerrar a manifestação com um breve discurso, voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
No carro de som, Bolsonaro cobrou do Senado uma atitude mais enérgica em relação ao ministro do STF, apelando por um “freio” às ações de Moraes, a quem chamou de “ditador”. Em sua fala, alegou ainda que o ministro estaria “fazendo mais mal ao Brasil” do que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pouco antes de chegar à Avenida Paulista, ex-presidente foi levado ao Hospital Albert Einstein, na capital paulista, após reclamar dos sintomas de um resfriado. Apenas alguns minutos depois, ele deixou a unidade de saúde e se dirigiu à aglomeração.
Apoio
Apesar da voz constipada, o ex-presidente se juntou ao ato organizado pelo pastor evangélico Silas Malafaia e impulsionado por Elon Musk, dono do antigo Twitter, que também integra uma querela contra o ministro Alexandre de Moraes pela suspensão da rede social, no país.
O ministro, por sua vez, foi intensamente aplaudido pelo público acompanhava o desfile de 7 de Setembro, em Brasília, no qual teve posição de destaque, próximo ao presidente Lula e outras autoridades federais, pouco antes dos ataques da extrema-direita, no ato bolsonarista. O gesto de apoio ao ministro ocorre em meio às investigações sobre o golpe fracassado em 8 de janeiro de 2023. A medida foi apoiada pelo presidente Lula, enquanto a oposição bolsonarista se revoltou, ameaçando protocolar um pedido de impeachment contra o ministro.
Contudo, isso está nas mãos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que fez questão de comparecer ao desfile em Brasília ao lado das demais autoridades federais e do ministro, em um gesto de apoio ao ministro da Suprema Corte.