Rio de Janeiro, 15 de Outubro de 2024

Policiais agridem moradores do Acampamento Marielle Vive

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Domingo, 01 de Setembro de 2024 às 13:13, por: CdB

Os policiais estavam fortemente armados com calibres 12, submetralhadoras, pistolas e bombas. Eles ameaçaram os moradores e agrediram os trabalhadores que formaram resistência contra a invasão.

Por Redação, com Brasil de Fato – de Brasília

No início da noite de sábado, uma ação policial deixou os moradores do Acampamento Marielle Vive, em Valinhos, em São Paulo, feridos e assustados. Enquanto a comunidade ajudava o Corpo de Bombeiros a combater um incêndio na vizinhança, a PM invadiu o acampamento e, segundo os trabalhadores acampados, agiu com truculência. 

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Famílias estavam envolvidas no combate ao fogo quando foram violentadas pela Polícia

– O fogo tinha começado mais ou menos uma hora antes desse incidente. As famílias estavam todas concentradas lá para apagar o fogo formando brigadas junto com os bombeiros. De repente, foram surpreendidas com um grupo na portaria. Era a polícia chegando com uma truculência impressionante e forçando a entrada do acampamento – afirmou Gerson Oliveira, da direção estadual do MST, em São Paulo. 

Em nota publicada nas redes sociais, o MST informou que a polícia chegou ao local com 10 viaturas e cinco motocicletas. Os policiais estavam fortemente armados com calibres 12, submetralhadoras, pistolas e bombas. Eles ameaçaram os moradores e agrediram os trabalhadores que formaram resistência contra a invasão. Alguns deles ficaram feridos.

A direção do movimento não sabe informar quantos foram atingidos e qual o estado de saúde deles no momento. 

Ainda na nota, o MST questionou a legalidade da ação policial e levantou suspeita sobre uma possível ação coordenada, entre a operação policial contra o acampamento e a ocorrência do incêndio. 

– O argumento dado foi de que eles precisavam entrar para fazer a proteção dos bombeiros que estavam dentro. Coisa que nunca vimos. Perguntado para os bombeiros, eles disseram que não chamaram a polícia, não foram eles. Mas havia cerca de dez viaturas na frente, com armas de calibre pesado e a ameaçando tirar as pessoas se não deixassem eles entrarem. Ficaram fazendo pressão, engatilhando as armas, sacando as bombas que seriam possivelmente atiradas e assim por diante – afirmou Gerson. 

Vegetação queimados

O MST calcula que foram 800 mil metros de vegetação queimados. O fogo atingiu um barraco das famílias e também queimou áreas de produção do acampamento. O movimento fará mutirões para o plantio de mudas e reflorestamento

Além disso, o MST vai cobrar a investigação sobre origem do fogo e também sobre a operação policial, além de cobrar mais agilidade do Incra na regularização das famílias acampadas. 

Brasil de Fato entrou em contato com Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, para obter mais informações sobre a ação policial, e até o momento na obteve resposta. 

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