Rio de Janeiro, 14 de Outubro de 2024

Indústria chinesa testa fórmula para obter fusão nuclear a baixo custo

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Domingo, 08 de Setembro de 2024 às 15:56, por: CdB

A start-up chinesa está entre ao menos 45 empresas de ponta, em cerca de 13 países, que trabalham para comercializar a fusão nuclear, com o uso de abordagens tecnológicas inovadoras e fontes alternativas de combustível, de acordo com a Fusion Industry Association, sediada nos EUA.

Por Redação, com Sputnik – de Pequim

A empresa de energia limpa Energy Singularity, de Xangai, lança nesta segunda-feira uma iniciativa para arrecadar US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) em seu plano de desenvolver uma tecnologia de fusão nuclear de última geração, o que equivale à metade dos custos estimados pelas concorrentes norte-americanas. Segundo o diário britânico Financial Times (FT), uma start-up de Xangai fundada em 2021, a Energy Singularity visa desenvolver uma tecnologia de última geração — um tokamak, uma máquina que deve estar no centro das usinas de energia de fusão.

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O reator de fusão nuclear trabalha com materiais de altíssima resistência

A start-up chinesa está entre ao menos 45 empresas de ponta, em cerca de 13 países, que trabalham para comercializar a fusão nuclear, com o uso de abordagens tecnológicas inovadoras e fontes alternativas de combustível, de acordo com a Fusion Industry Association, sediada nos EUA.

Embora possa ser considerada por especialistas como incipiente ainda, a tecnologia de energia de fusão, se for concretizada, pode significar um avanço na busca por energia limpa. A fusão nuclear — onde isótopos de hidrogênio se fundem após serem aquecidos a temperaturas extremas, liberando energia — tem o potencial de fornecer eletricidade abundante sem emissões e sem resíduos nucleares radioativos de longa duração.

 

Dispositivo

Ainda segundo a associação, a Energy Singularity espera ser capaz de alavancar as poderosas cadeias de suprimentos da China para obter componentes de fusão essenciais, incluindo o material supercondutor de alta temperatura (HTS, na sigla em inglês). A empresa disse que cerca de 95% dos materiais para seu primeiro dispositivo, o Honghuang 70 ou HH70, foram produzidos localmente com cerca de US$ 110 milhões (aproximadamente R$ 614,9 milhões), e destaca o “acúmulo de longo prazo” de vantagens na tecnologia de energia nuclear chinesa.

— Temos uma vantagem de custo em materiais, em pessoal, em tudo (…) achamos que o custo na China seria pelo menos 50% menor do que construir o mesmo tipo de máquina nos EUA — resumiu ao FT o diretor de operações e cofundador da Energy Singularity, Ye Yuming.

A startup atualmente cresceu para cerca de 135 funcionários e mira cerca de US$ 500 milhões em futuras rodadas de arrecadação de fundos enquanto tenta desenvolver seu dispositivo de fusão nuclear de próxima geração, o HH170, até 2027.

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